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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Trajetória do Baterista Claudio Infante

REPUBLICAÇÃO - A PEDIDOS:


Claudio Infante, foi o baterista  mais novo  da primeira formação do renomado Grupo Boca Livre. O LN Blog teve a honra de entrevista-lo e repete a pedidos, a publicação de 2013. Vamos conhecer a Trajetória deste grande músico? Vamos nessa juntos.

Publicada em:

DOMINGO, 27 DE OUTUBRO DE 2013


Por Luciana Nóbrega

Entrevista com o músico Cláudio Infante.

CLÁUDIO INFANTE



Cláudio Infante

Cláudio Infante é baterista com uma caminhada que se inicia aos sete anos — bem novinho, mas já provava a muitos que vinha aí um grande talento. Aos 10 anos de idade, esse batera precoce já era convidado a ingressar em um conjunto de MPB.

Um pouco depois, ainda adolescente, passou a participar de shows e chegou a trabalhar com o compositor Daltony Nóbrega, que foi, aliás, mais um a se encantar com o profissionalismo e o talento do jovem baterista.

Quando falei acima que Cláudio aos 10 anos de idade ingressou em um conjunto de MPB, eu me referia a uma tournée pelos EUA e pela América do Sul ao lado de nada mais nada menos que Cláudio Nucci e Zé Renato — para quem não sabe, são integrantes da primeira formação do grupo Boca Livre e tinham ao seu lado Maurício Maestro e David Tygel.

Desde então, aquele que começou tão novinho deixa apenas marcas de admiração em seu caminho, e hoje é com grande admiração também de minha parte, e não poderia ser diferente, que o convido a ser entrevistado. Convite aceito! Então, mãos à obra. Os que já o conhecem com certeza vão curtir (afinal, ele é sempre amado por onde passa) e os que ainda não o conhecem vão ter a oportunidade de saber um pouco mais sobre esse músico tão talentoso.

Cláudio, causa certo impacto te ver sobre esse ângulo: tão jovem e já do lado de dois “monstros” da MPB como o Claúdio Nucci e o Zé Renato. Na verdade, estar ao lado deles nessa idade já foi e é grande prova do seu talento. Conta um pouco dessa experiência pra gente?

Resposta - Primeiramente quero agradecer o seu convite pra essa entrevista. Diga-se de passagem que te conheci bem novinha também, quando trabalhei com seu pai, o Daltony, que você ressaltou muito bem aqui e que foi sem dúvida uma pessoa que me incentivou muito e me fez sentir muito responsável por assumir as baquetas nos seus trabalhos de gravação e apresentações ao vivo, em uma época que cada pequena confirmação de que se estava no caminho correto tinha — e teve — grande consequência pra continuidade da carreira.

Respondendo à sua pergunta, eu atribuo esse encontro com esses dois excelentes artistas, instrumentistas, cantores e compositores, dos maiores que tive o privilégio de estar muito próximo, tanto  das pessoas como da arte sublime que fazem, a alguns fatores que coincidem.

Primeiro, apesar de ser em séries bem distantes, éramos do mesmo colégio (Colégio Rio de Janeiro – Ipanema), que por sinal era um reduto das artes estudantis nos anos 70 e 80. Segundo, o Zé Renato era namorado de uma das minhas irmãs (eu tenho quatro), e tanto o Zé como o Claudio Nucci tinham uma banda em comum com outro namorado de outra irmã, o Fernando Barroso, e por isso acompanhavam a minha paixão pelos ritmos e pelos instrumentos musicais. A minha casa era como muitas nessa época em Ipanema, bairro que me viu nascer, onde reuniões com a presença de violões e apresentação de composições e consolidação e amizades de várias tribos se formavam. Inevitavelmente, veio a hora em que eu comecei  a participar também, apesar de uma diferença de dez anos entre nós.



Quando decidiu começar a estudar música, você foi para as aulas de teoria no Instituto Villa-Lobos e depois fez aulas particulares com Bob Wyatt. Como surgiram as duas fases e a transição entre elas? Digo: do aluno do Villa-Lobos ao aluno de um músico que participava de projetos ao lado de caras que certamente você admirava (Clark Terry, Gary Burton, Frank Wess, Frank Foster e Bill Watrous). O que foi isso pra você?

Resposta - O que aconteceu é que houve um interesse meu em conhecer a notação musical, até por obrigação, pois eu tinha que ter a carteira da Ordem dos Músicos para poder participar dos shows, e para a prova havia a necessidade da leitura. Então, fui ter aulas com uma professora maravilhosa, que também tinha sido professora do Zé Renato e que me passou um jeito de aprender a ler tão lógico, rápido e eficiente que aplico até hoje pros meus alunos que têm dificuldade com leitura.

E no começo dos  anos 80, eu tinha o hipersaudável hábito de frequentar o Club 21 no Jardim Botânico, RJ, às segundas-feiras, noites tradicionais do jazz, onde pude ter contato com grandes nomes da musica mundial, ouvindo e tocando... E de repente senta um cara brancão pra tocar na batera. Fiquei super bem impressionado com a sua expressão musical. Ele trazia consigo uma bagagem especial e com o convívio acabei tendo aulas com ele e ficamos amigos.




Vamos lá. Estamos agora em 1985, ainda vivendo o auge da explosão das boas e hoje saudosas bandas dos anos 80 que tanto gosto de lembrar no Blog. Cláudio Infante assina contrato com a gravadora Warner, passando então a integrar o grupo Kid Abelha numa fase em que o grupo ganha três discos de ouro. Depois disso você realiza a tournée mundial de artistas como Ney Matogrosso, Marisa Monte, Simone e Rita Lee. Cláudio, quantas apresentações essas tournées significam em sua carreira?

Resposta - Poxa, difícil contabilizar, mas sei do conteúdo de vida que me trouxe isso de estar diuturnamente no palco com esses grandes artistas nos locais mais variados e inusitados do planeta. Muitas vezes eu realizava o que estava acontecendo e ficava muito grato pelo desenrolar dos acontecimentos. E muitas vezes me emocionei com os momentos artísticos que eu vivia. Afinal, música é emoção, né?



É isso mesmo: Claudio tem vasta participação em shows e gravações de artistas, além dos que já citei, como Djavan, Ivan Lins, Gal Costa, Cazuza, Alceu Valença, Gilberto Gil, Lobão, Simone, Milton Nascimento, Ed Motta e Luís Melodia, dentre outros, tendo também participações em projetos de artistas internacionais como BB King, Sheila E. e Billy Cobham.

Cláudio, sua vasta experiência atraiu muitos convites que hoje o colocaram de frente a uma profissão paralela: produtor. Quais artistas você já produziu nesse novo caminho?

Resposta – Bem, Luciana, eu tive convites para produzir vários discos de outros artistas. Bons exemplos são Taryn Szpilman, Cassio Tucunduva, Lila Shakti, Purushatraya Swami, Grupo Senzala. E também fui convidado para fazer as trilhas sonoras de programas do canal SPORTV, como “Surf Adventures”, “4X4” e “Secret spots”.


Esse que começou pequeno e hoje é grande está agora envolvido na divulgação de seus cds “INFANTE”, “PLAY ALONG MULTIMÍDIA” (pelo selo Niterói Discos) e “TEMPO”, o mais recente deles.

Cláudio Infante também se apresenta com a banda da cantora TARYN SZPILMAN e é integrante do conjunto que acompanha o cantor JORGE VERCILLO, além de dirigir e integrar a RIO JAZZ ORCHESTRA.

Os CDs de Cláudio contam com a participação de seus grandes amigos músicos Arthur Maia, Léo Gandelman, Ricardo Silveira e Márcio Montarroyos, entre outros.
Com tudo isso, ainda arruma TEMPO para mais! E nesse TEMPO desenvolve e ministra cursos de bateria e percussão no Brasil, na América do Sul, nos EUA e na Europa.

Cláudio está com um show marcado, em formato de trio, no Teatro Popular, dia 29/10 às 19 horas, abrindo o Festival, junto a David Feldman (teclados) e Rômulo Duarte (baixo). Grande oportunidade para ver o talento ao vivo.

Atenção a cópia integral da publicação - o show agendado a cima ocorreu em 2013. Já existem outros trabalhos no release do artista. Obrigada. 
Att.
Equipe LN Blog





DESCRIÇÕES DO BLOG



Luciana Brígido Monteiro Martins Nóbrega
é Cantora,  Bacharel em Direito, blogueira amadora e foi integrante do Grupo Coral OAB Niterói,  
Articulista com artigo jurídico publicado em revista católica - foi colunista de cultura do Jornal Toar Cultural e foi Colunista Jurídica - Jornal OEco Ilha Grande, atuou como Atriz (InscriçãoSATED), foi Professora de Joalheria no Ateliuer DiMaestri

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