José Alencar - Um objeto de orgulho para o Brasil

Ontem recebemos a notícia de que José Alencar havia falecido. Uma notícia que causou um certo abalo. A perda de um grande político, de um grande empresário, de um grande homem, não é fácil para um país onde honestidade, ética e vida limpa são raras preciosidades.

Minhas primeiras reações foram de tristeza e de susto. Tristeza pelo Brasil estar perdendo um político dos raros, um político que podemos nos orgulhar. Seja de direita, seja de esquerda, seja liberal, anti-liberal, neoliberal ou do bem-estar social. Seja do que quer que seja, basta ser brasileiro para sentir a perda dele. E susto por ter acompanhado inúmeras vitórias de José Alencar contra o câncer. A notícia de que ele havia morrido, me chocou, por eu estar tão crente de que ele superaria novamente.

Hoje, repensei minha reação de tristeza. Sinto tristeza pela perda, sim. Mas pela morte, não. Explico. Eu sinto tristeza por estarmos perdendo tão importante figura, tanto política quanto humana. Mas pela morte não, por ele estar, enfim, podendo descansar. Acredito que ele venceu o câncer, ele perdeu o medo, ele o encarou. Isso, sim, é vitória. E como sabemos, nem ele tinha medo da morte.

Pedro  Nóbrega Pinaud, Outono/2011

José Alencar Gomes da Silva
*17/10/1931  †29/03/2011

"Não tenho medo da morte, porque não sei o que é a morte. A gente não sabe se a morte é melhor ou pior. Eu não quero viver nenhum dia que não possa ser objeto de orgulho.Peço a Deus que não me dê nenhum tempo de vida a mais, a não ser que eu possa me orgulhar dele."

José Alencar

[PINAUD, Pedro Nóbrega - "José Alencar - Um objeto de orgulho para o Brasil" - Pedro Nóbrega Pinaud - Quarta-feira, 30 de março de 2011]