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"BLOG LUCIANA NÓBREGA: ARTE, CULTURA, MPB E OUTRAS BOSSAS. " [Alexandre Lira]


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sábado, 11 de dezembro de 2010

O que não me cabe!

POR LUCIANA NÓBREGA

O que não me cabe: amar sem ser amada. Andar na contra-mão de meus desejos, entristecer-me por não ser feliz ao lado de um sonho que sonhei acordada.

Nada é de pior para o ser humano que ser confundido. Confundido em atos que não cometeu, que não são seus, em atitudes que não teve para com ninguém.

E se não lhe confundem, pode-se também ser-lhe por pior encontrar-se iludida em palavras, de respostas que não se pensou perguntar. De atitudes que não esperou e que por serem, e simplesmente serem, ousou-se sonhar: verdade!

É difícil enfrentar barreiras sozinha, encontrar trilhas no caminho, correr contra o tempo sem se render a ele. Experimentar as inúmeras faces da traição. Se ver encarando um destino de lágrimas ou de deslealdades.

O que não me cabe? Não me cabe amar sem ser amada, mas isso já falei. Não me cabe mais sonhar acordada e acreditar em refúgios da alma, onde nos encontramos no tempo, no espaço independente das distâncias que se puseram sobre nós.

Não me cabe cair, e levantar do tombo sozinha, notando – a muito custo e tristeza -, que muitos dos que eu tinha como mais preciosos escusam-se nas horas mais difíceis.

Levantar sei que vou, já levantei outras vezes.  E agora, embora ainda doa, e por muito ainda tenha sabor de saudade,  já o fiz: já levantei da queda. Como sempre, e sempre, e por todo sempre que se ateve de ser nosso.

E como dizia o poeta: "Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar, que tudo era pra sempre, sem saber, que o 'pra sempre' sempre acaba"?

Mas sigo meu caminho buscando não esquecer que um dia, por pouco tive o sol. E de tanta luz que ele traz, a plenitude do amor, que penetrava de seus profundos e sorridentes olhos. Vi toda a alegria que essa união pode trazer, passar por baixo da minha porta.

Tento me esquecer da dor, me esquecer da guerra, da fome, da violência do mundo.

Busco a paz. Busco a sinceridade, o amor entre os seres vivos. A misericórdia, o perdão. E ainda que difícil a leveza de se viver, e viver, e viver... e vivendo sorrir.

E sigo em frente, forte ou fraca. Disposta ou cansada. Mesmo com arranhões e penetrantes cortes.. em frente continuo meu caminho. E sem dúvida, queiram ou não chegarei a meu foco principal.

Porque assim sou, não me paro em barreiras em curvas e não me afinco em deleito de dor. Busco sorrir com o sol que nasce a cada pequena vitória. E assim seguirei SEMPRE, com a força, ao lado dos meus – dos que não desprezam a fidelidade -, para enfrentar todas as barreiras que se formarem.

O que não me cabe? Fechar a porta e reter-me na estrada da vida!



Foto by Franklin Correa (Franklin da  Flauta)


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